Comunicação e Educação. Dá para fazer apenas o básico?

 Não faltam opções para acessarmos alguém e sermos acessados. Os telefones fixos de casa e do escritório foram acrescidos aos celulares (há quem tenha mais do que um), e.mails, MSN, Twitter, diversas redes sociais, chats, skype e tanto outros meios. Conectados, estamos o tempo todo. Isto significa que estamos nos comunicando mais uns com os outros? Significa que estamos nos comunicando melhor? Não sei a resposta. Tenho observado profissionais, alguns potencialmente brilhantes, que pecam em coisas básicas, no quesito comunicação, e até mesmo, educação. Como definir as pessoas que sistematicamente não retornam recados, não respondem e.mails e não cumprem o que acertam? O comportamento muda quando estas mesmas pessoas têm algum tipo de interesse ou estão fragilizadas, como numa situação de perda de um cargo tido como importante. É um lado horrível do ser humano, que naturalmente, não se aplica a todos, o de mudar de atitude, quando se acha por cima (quanta ilusão) ou por baixo. Estamos sempre comunicando alguma coisa, principalmente sobre nós mesmos. Educação e gentileza não custam dinheiro e não precisam de tecnologias avançadas. É o básico e o fundamental. Recentemente, um jovem executivo, muito bem preparado tecnicamente, me pediu um aconselhamento sobre a sua carreira profissional e a forma de se comunicar melhor com o mercado. Depois de observá-lo alguns dias, sugeri 4 dicas: saber pedir, saber agradecer, ser pontual e ter prazer em ser útil (servir). Não sei se a minha comunicação foi adequada e se ele entendeu o que eu quis dizer. Sua expressão foi meio de desapontamento. Esperava recomendações mais elaboradas. O que ele ouviu foi só o básico. Comunicação, assim como a educação, é fundamentalmente o básico.

(Maio, 2011)